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terça-feira, 4 de dezembro de 2012

Putin busca ideia que una russos a seu favor

Putin

Em seus 12 anos como líder máximo da Rússia, Vladimir Putin aplicou o mesmo pragmatismo inclemente a uma ampla gama de questões, como as guerras separatistas, as guerras pelo gás, os oligarcas rebeldes e a desvalorização do rublo.

Agora, ele enfrenta um problema inédito, que se encaixa de forma desajeitada em sua mentalidade cética, formada pela KGB. Seis meses após o início do seu terceiro mandato presidencial e depois de uma onda de protestos populares, Putin precisa de uma ideologia que una o país em torno dele. Uma das poucas estratégias claras surgidas nos últimos meses é a de um esforço para mobilizar elementos conservadores na sociedade.

Milícias de cossacos estão sendo recriadas, autoridades regionais se apressam em apresentar programas de "educação patriótica" e clubes de discussões surgiram em grandes cidades sob o slogan: "Dê-nos uma ideia nacional!".

"Definitivamente, ele está pensando em ideologia", disse Dmitri Peskov, secretário de imprensa de Putin. "A ideologia é muito importante. O patriotismo é muito importante. Sem a dedicação das pessoas e sem a confiança das pessoas não se pode esperar um impacto positivo do que você está fazendo, do seu trabalho."

As ideias estão mudando também dentro da classe dominante. A doutrina pró-ocidental do ex presidente Dmitri Medvedev foi substituída pelo discurso da "pós democracia" e da nostalgia imperial. Intelectuais estão contestando a premissa, trazida há 20 anos para o país, de que a Rússia deveria imitar as instituições liberais ocidentais. "Valores ocidentais" são citados com desdém. Todos os anos, intelectuais do mundo inteiro se reúnem no Clube de Discussões de Valdai, onde questionam Putin. Neste ano, segundo Peskov, houve poucas perguntas sobre a democracia e os direitos humanos. "Todo mundo está cansado dessa questão dos direitos humanos", afirmou.

Os fatos do último ano também deram fôlego ao argumento anti-Ocidente. A endividada zona do euro deixou de ser um modelo econômico e político. As rebeliões árabes abriram um abismo intelectual entre a Rússia e os Estados Unidos. A Igreja Ortodoxa Russa aponta o Ocidente como responsável por perigosas turbulências mundiais. "A não ser nos Estados Unidos e na América do Sul, temos um tremendo colapso das culturas", disse Peskov. "Temos esse colapso

na África e na Europa. As culturas serão rasgadas por essas contradições." "A onda de revoltas no Magreb, no Oriente Médio, no Golfo e no Iêmen trouxe um desastre", acrescentou.

Peskov disse que, embora a Rússia não pretenda se desgarrar do Ocidente na sua política externa e busque estreitar relações bilaterais, ela não irá mais tolerar interferências em seus assuntos domésticos. A mensagem é inequívoca, mas é difícil saber quais mudanças concretas ela acarretará para um país cujas principais figuras políticas e empresariais possuem casas na Europa ocidental e enviam seus filhos para estudarem lá.

Em setembro, durante uma discussão sobre "nacionalizar a elite", um parlamentar ligado ao Kremlin propôs proibir que autoridades possuam imóveis no exterior, alegando que isso as deixa sujeitas a governos estrangeiros. A proposta sofreu resistência e agora está no limbo. Alexander Rahr, um especialista que participou do evento do Clube de Valdai, disse ter saído com a sensação de que, embora Putin tenha se beneficiado politicamente por adotar um discurso

mais conservador, há algo mais profundo em curso. "Ele está cada vez mais preparando os russos para entenderem que a Rússia não pertence mais ao Ocidente, à cultura ocidental e nem à Europa da forma como se discutiu durante a década de 1990", disse Rahr, autor de uma biografia de Putin. "Ele está preparando os russos para outra coisa. O que isso significa é muito difícil de dizer."

Numa reunião, em setembro, que lançou uma ofensiva nacional pela "educação patriótica", Putin disse que o conflito pela "identidade cultural, valores espirituais e morais e códigos morais" se tornou um campo de intensa batalha entre a Rússia e seus inimigos.

"Isso não é algum tipo de fobia, está realmente acontecendo", disse Putin, segundo o jornal "Rossiiskaia Gazeta". "Essa é uma das formas de batalhas que muitos países encontram, assim como a batalha por recursos minerais. A distorção da consciência nacional, histórica e moral mais de uma vez levou o Estado inteiro à fraqueza, ao colapso e à perda da soberania." Sob ordens de Moscou, autoridades preparam programas patrióticos. Em Rostov-do-Don, o Ministério da Educação cogita promover bailes a fantasia no estilo imperial do século 19. Legisladores de Volgogrado criaram uma Comissão para Questões de Educação Patriótica, Ideologia e Propaganda.

Sergei Karaganov, diretor da Escola Superior de Economia de Moscou, disse crer que sob a liderança de Putin a Rússia passará anos em busca de um "conjunto de ideias unificadoras".

"Ele é um pensador operacional muito bom-ele é prático-, mas, em certos momentos, você precisa oferecer uma visão", disse Karaganov. "Está claro que o que está acontecendo agora é a reconstrução dos laços da Rússia com a sua história, que foram rompidos."

2 comentários:

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    russos são provavelmente os melhores no ...Xadrez...
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    jogo de estratégia... no qual ganha quem consegue "visualizar" as jogadas futuras...tanto de quem e contra quem se joga....
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    a Rússia provavelmente esta ganhando "esse jogo"...
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    XTREME

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  2. Muito fácil criticar o PUTIN, isso é coisa da imprensinha ocidental. O q o ocidente trás de bom: Bush-pai /diretor da CIA no governo Reagan, isso a imprensinha esconde para reclamar de um simples coronel do KGB, estacionado na ocupada=Alemanha. Afinal em matéria de mentalidade cética qual tem mais: um DIRETOR da CIA ou um CEL. do KGB? Ah sim! E as barbaridades do Bush-filho, onde ficam? O Bil Pinton tomou na marra o KOSOVO q se hoje de encontra nas mãos de 2 judeus: Albright e gen. Wesley q andam por roubando carvão da maior mina da europa, ou seja, vendendo energia p/os babacas europeus q ajudaram na destruição da Sérvia. O q os europeus ganharam? Meia dúzia de medalhas no peito dos bobos dos militares, isso ñ enche barriga. Se começarmos a falar aqui só barbaridades, começando por iSSrael e terminando nos anti-mísseis, Síria, ... ñ para mais. Enfim essas são as pontas do ICEBERGS da cultura Ocidental q é levada p/RÚSSIA. Aí sr. PUTIN senta a mamona nesses bandidos e defenda sua Pátria, pq essa daqui já era, já até passou de quintal inclusive com slogan: País de Vira-Latas, pois quem tem o GAFE=globo/abril/folha/estadão como imprensa, se cair quatro ñ levanta mais e assim peça ao diabo q o carregue!

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