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terça-feira, 4 de dezembro de 2012

Le Monde: Projeto científico ambicioso deixa a Romênia em posição de destaque na Europa


Imagine toda a eletricidade produzida na Terra concentrada em um único raio. Depois, multiplique a potência desse raio por 100 mil. Não é ficção científica, mas sim um projeto que em breve será iniciado na Romênia. O ELI (Extreme Light Infrastructure) será o laser mais potente do mundo e abrirá caminho para aplicações que inspiram os meios científicos. Segundo os físicos, o ELI poderia “rasgar o vácuo” para decompô-lo em partículas e antipartículas elementares. Mas esse laser ultraintenso vai além de uma experiência de física fundamental. A ótica, a física nuclear, a astrofísica, as ciências dos materiais e a saúde deverão ter novos avanços graças a esse laser que a Romênia está se preparando para produzir.

Os romenos estão orgulhosos por finalmente constarem no mapa da pesquisa de ponta. O futuro laboratório será construído em Magurele, no subúrbio sul de Bucareste, que hospeda a faculdade de física nuclear. “Estamos negociando com o governo a possibilidade de pagar a nossos pesquisadores mais do que a legislação romena permite, no mesmo nível que aqueles que trabalham nas grandes estruturas europeias”, afirma Nicolae Zamfir, diretor do Instituto de Física Nuclear de Magurele. A construção do futuro centro de pesquisa deverá começar no próximo ano e ser concluída em 2015. Até lá, cerca de 200 pesquisadores de alto nível serão recrutados.  

Sinal verde europeu  
O laboratório de Magurele exigirá um investimento de 350 milhões de euros. Em novembro, a Comissão Europeia deu seu sinal verde ao financiamento num montante de 180 milhões de euros. “A Romênia tem a oportunidade de se posicionar no mapa da pesquisa europeia”, declarou o comissário europeu para política regional, Johannes Hahn. “Assim, esse país poderá manter seus especialistas de alto nível e inverter o fenômeno da fuga de cérebros, incentivando outras empresas a virem se instalar no local.” Cerca de 40 institutos de pesquisa de 13 países da União Europeia (UE) já manifestarem interesse pelo projeto ELI, principal infraestrutura pan-europeia de pesquisa situada nos novos Estados-membros da UE.

A iniciativa desse projeto é da França, que em 2005 deu início à fase preparatória, coordenada pelo Centro Nacional de Pesquisa Científica (CNRS) e pelo Instituto de Luz Extrema, que faz parte da Escola Politécnica.

A Comissão Europeia previu um orçamento de 700 milhões de euros para financiar os três pilares desse projeto, que além de Magurele serão implementados na periferia de Praga e em Szeged, cidade situada na Hungria. Os romenos, que se preparam para iniciar as obras em Magurele, não poderiam estar mais satisfeitos.

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