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segunda-feira, 10 de dezembro de 2012

Der Spiegel: O pior da crise financeira já passou, disse comissário europeu


Será que o pior da crise do euro já passou? Sim, segundo o comissário europeu Olli Rehn. Ele disse na quinta-feira (6) que a dívida e a crise financeira que afligem a zona da moeda comum da Europa superaram seu ápice.

Rehn, o comissário para assuntos econômicos e monetários, disse ao "Financial Times Deutschland" na quinta-feira: "O último ponto alto da crise foi em junho, por volta da época das eleições gregas. Agora nós temos uma tendência reversa".

Ele defendeu as medidas rígidas de austeridade aplicadas a países como a Grécia, Portugal e Espanha, e creditou essas políticas pela redução bem-sucedida do déficit orçamentário combinado na zona do euro de 6,2% do produto interno bruto da zona do euro em 2010 para 3% neste ano, com uma projeção de 2,5% em 2013.  

Na entrevista, Rehn disse que uma mudança das políticas está em andamento, de puramente uma gestão de crise para um maior foco nas questões estruturais e de competitividade de todos os países membros da zona do euro e da União Europeia.        

Menos pessimista’     
Alguns números da economia real, reconheceu Rehn, como o desemprego extremamente elevado em vários países da zona do euro, permanecem alarmantes. Grande parte disso, ele disse, se deve aos desdobramentos na primeira metade de 2012, incluindo a incerteza em torno das eleições gregas e as dúvidas a respeito do setor bancário espanhol. Rehn disse estar "menos pessimista" do que estava antes das férias de verão, porque os governos da zona do euro e o Banco Central Europeu (BCE) ajudaram a estabilizar a situação naquele período.  

Ainda assim, ele alertou contra um excesso de confiança. "O maior risco seria a autossatisfação", ele disse ao jornal.

A Grécia, o país mais problemático da zona do euro, enfrentou outro revés na quarta-feira, quando a agência americana de classificação de risco Standard & Poor’s rebaixou novamente a nota da dívida do país, de "CCC" para "SD" (calote seletivo), devido ao atual programa de recompra da dívida grega. O programa envolve a recompra por Atenas dos títulos da dívida por uma fração de seu valor nominal. Caso a recompra seja bem-sucedida, os analistas esperam que a classificação de risco retorne ao nível "CCC".

Os comentários de Rehn não são a primeira vez que ele expressa otimismo em relação ao futuro da crise do euro. Em outubro, ele disse ao "Bangkok Post" que "o pior da crise do euro já passou". Essa animação foi rapidamente rebatida pelo ministro das Finanças alemão, Wolfgang Schäuble, que disse: "Eu não tenho tanta certeza de que o pior da crise tenha ficado para trás".

Enquanto isso, o primeiro-ministro da Grécia, Antonis Samaras, disse ao tabloide alemão "Bild": "Nós permaneceremos no euro".

Ele expôs as metas do país para o futuro, acrescentando: "Nossa ambição é mudar espetacularmente a Grécia e transformá-la de um mau exemplo, repleto de problemas, em um exemplo notável de economia modelo".

Um novo "haircut" (corte de parte) da dívida da Grécia é improvável, disse o primeiro-ministro. "Nossa dívida agora é considerada oficialmente como sendo sustentável a longo prazo", ele disse. Samaras disse que seu país conseguiu mais nos últimos dois meses do que o que foi tentado ao longo das últimas três décadas.

"Se você olhar para nossas reformas e nossas mudanças, você entenderá que estamos trabalhando em uma história de sucesso", ele disse ao jornal. "Isso em breve ficará claro para todo mundo. E então ninguém questionará mais nossa presença no euro ou um corte da dívida."

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